
MESMO QUE EVERTON ROCHA CONSIGA DERRUBAR A CASSAÇÃO, AINDA ASSIM FICA AFASTADO, DIZ PROMOTOR DE JAGUARARI
A
Justiça determinou, na última segunda-feira (9), o afastamento de Everton
Carvalho Rocha, n o cargo de prefeito do município de Jaguarari até 29 de
março, quando teve o mandato cassado pela Câmara de Vereadores por improbidade.
De acordo com o Ministério Público da Bahia (MP-BA), a determinação é referente
a uma denúncia do órgão estadual que investiga contratos e gastos ilegais
durante festejos juninos da cidade.
Como
Everton já não ocupa mais a prefeitura, o promotor de Justiça Igor Clóvis
Miranda, que encaminhou a solicitação de afastamento à Justiça, disse que caso
o ex-prefeito consiga alguma decisão favorável à derrubada da cassação, ainda
assim fica afastado por 180 dias.
“Nesse
caso, o afastamento tem como objetivo permitir que a investigação seja feita
sem qualquer interferência”, disse Miranda.
Na
decisão ainda foi pedido o afastamento de cinco funcionários comissionados da
prefeitura de Jaguarari, por 180 dias. Os funcionários também são apontados
pelo MP-BA por participação no esquema ilegal das contratações para o São João
2017, em Jaguarari.
Conforme
denúncia do MP-BA, Everton Rocha e os cinco servidores são apontados por
contratar de forma ilegal, via inexigibilidade de licitação, uma empresa que
seria responsável por providenciar atrações artísticas durante os festejos
juninos do ano passado.
O
valor do contrato, segundo o MP-BA, foi de R$ 1,15 milhão. Além disso, R$ 1,35
milhão teria sido gasto com sonorização, iluminação, tendas, banheiros, gerador
e palco nos festejos. Os gastos do município com a festa foram em torno de R$
2,5 milhões.
NEPOTISMO
O
Ministério Público da Bahia já havia pedido o afastamento do prefeito em
outubro de 2017, mas referente à outra denúncia: nepotismo.
O
pedido foi realizado em ação civil pública por ato de improbidade
administrativa ajuizada em 2017, pelo promotor de Justiça Jair Antônio Silva de
Lima.
A
ação foi movida contra Everton Carvalho Rocha, contra o secretário municipal de
Obras, João Marques de Melo, e os sete servidores — seis sobrinhos do
secretário e a mulher de um deles, segundo o MP.
Segundo
o promotor, o prefeito Everton Rocha teria decretado as nomeações como
“benefício próprio e também pessoal ao secretário municipal e ao vereador”.
A
ação também aponta que a prefeitura municipal não atendeu a uma recomendação
expedida pelo MP, em julho de 2017, para que fossem identificados e coibidos os
casos de nepotismo. Em definitivo, o órgão pediu a condenação de todos por
prática de improbidade.
Postado por Jaguarari Notícias
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